Em reunião na FIESC com o governador Jorginho Mello, lideranças defenderam melhorias na pista, que é a terceira maior do estado.

Em reunião com o governador Jorginho Mello, lideranças de Caçador pediram o apoio do governo do estado para melhorias no aeroporto de Caçador, cuja execução contará com a participação da prefeitura e do setor privado. A prioridade é a qualidade da pista de 1.875 mil metros, que é a terceira maior do estado. O encontro foi realizado na sede da FIESC, em Florianópolis, nesta quarta-feira, dia 25, e contou com a participação do presidente da Associação Empresarial de Caçador (ACIC), Dr. Jovelci Gomes, presidente da FIESC, Mário Cezar de Aguiar, 1º vice-presidente da FIESC, Gilberto Seleme, prefeito Alencar Mendes, da secretária de planejamento e gestão de Caçador, Priscylla Vorel Ceolla, vereador Moacir D’Agostini, o presidente da Uniarp, Moacir Salamoni, além dos secretários de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, da Casa Civil, Estêner Soratto da Silva Júnior, da Ciência e Tecnologia, Marcelo Fett, e da Infraestrutura e Mobilidade (interino), Ricardo Grando.

No curto prazo, a entidade defende a execução de obras que darão maior segurança às operações, como recapeamento e sinalização da pista, considerando a extensão total de 1.875 metros x 30 metros de largura. O atual convênio entre o governo de SC e o município de Caçador prevê apenas ações para 1,2 mil metros de pista, mas para homologar toda a extensão dela é necessário fazer o recapeamento completo.

O presidente da FIESC Mário Cezar de Aguiar destacou que a indústria é o setor da economia que mais emprega e é vetor de desenvolvimento. “Em Caçador, 49% do PIB vem da indústria, que é uma atividade que exporta muito, especialmente o segmento madeireiro, que é forte na região. O principal destino das exportações catarinenses são os Estados Unidos e os embarques para o mercado norte-americano, em sua maioria, são do setor madeireiro. Ter um aeroporto dotado de condições para atender a região é extremamente importante porque dará competitividade para quem produz”, disse.

“Vamos olhar o pleito com muita atenção”, disse Jorginho Mello, informando que criou a secretaria de portos e aeroportos. “Vai se dedicar a avaliar a qualidade dos aeroportos e investimentos para que tenhamos uma malha aérea diferenciada”, explicou. Ele também informou as principais ações que tem feito nos primeiros dias de mandato, especialmente com foco na redução de despesas. “E a nossa torcida é para que o setor produtivo produza cada vez mais. Precisamos encontrar caminhos para atender as demandas. Temos o grande compromisso de trabalhar por Santa Catarina”, declarou.

No encontro, a FIESC mostrou que o aeroporto de Caçador tem importante influência regional. Num raio de 120 quilômetros, ele abrange uma população de 1,2 milhão de pessoas, tem um PIB de R$ 48,8 bilhões (dados de 2020), a corrente de comércio totaliza US$ 2,1 bilhões (em 2021), tem 35,8 mil estabelecimentos que empregam 321,8 mil trabalhadores. Em 2020, a arrecadação de tributos federais somou R$ 3,8 bilhões e em 2021 a arrecadação de ICMS foi de R$ 1,3 bilhão. Além disso, Caçador possui posição estratégica nos acessos para as principais rodovias federais que cortam SC, como as BRs 470, 280 e 153.

Atualmente, estão em curso obras que contemplam a movimentação de terra do entorno do aeroporto, para ampliar a área de escape da pista para mais de 150 metros de cada lado, adequando às necessidades e exigências dos órgãos fiscalizadores. Com isso, será possível receber voos de aeronaves maiores, bem como, aviação regular. O aeroporto foi incluído na malha de expansão para operação de voos regionais da Azul Linhas Aéreas para voos regulares de Caçador a Campinas-SP, o que contribuirá para o desenvolvimento de todo o meio-oeste catarinense

Existe ainda um projeto na Secretaria de Aviação Civil, que prevê a construção de um novo terminal de passageiros e cargas, execução de melhorias na pista, taxiway e pátio, expansão de área do sítio portuário, estrutura e equipamentos relacionados aos bombeiros, entre outras medidas regulatórias exigidas para o enquadramento na categoria 3C.