A decisão do governo federal de reduzir em R$ 400 milhões os investimentos em infraestrutura de transportes no orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para 2025 representa um sério risco ao desenvolvimento logístico de Santa Catarina, pois afeta diretamente todos os setores econômicos do estado.
Sem investimentos contínuos, Santa Catarina perde competitividade, desacelera seu crescimento e se torna mais vulnerável a crises logísticas.
Como alerta Elson Otto, Presidente da FACISC: “Infraestrutura não é um gasto, é um alicerce econômico. O corte de R$ 400 milhões em 2025 vai resultar na perda de receita e oportunidades para o estado.”
Santa Catarina ocupa a 5ª posição no país em termos de arrecadação de impostos, mas figura apenas em 16º lugar no que se refere a transferências do governo federal. Esse descompasso, entre o que o estado contribui e o que recebe, demonstra preocupação com a infraestrutura catarinense.
Impactos – Dados analisados pela Facisc mostram que 83% das rodovias federais sob gestão pública estão com status de péssima, ruim ou regular. Quando analisadas as rodovias federais e estaduais sob gestão pública, as condições podem impactar em até 45% dos custos operacionais nos serviços de transportes, sendo um gargalo crítico para a economia catarinense, comprometendo o escoamento da produção, aumentando os custos logísticos e desestimulando novos investimentos.
O Mapa do Agronegócio da FACISC, lançado recentemente, reforçou a importância de Santa* Catarina como polo internacional em vários setores do agronegócio, como, por exemplo, a liderança nacional nas exportações de carne suína, de codorna, de carne de aves processadas, madeira e papel kraft. No entanto, sem a continuidade dos investimentos em infraestrutura, esses avanços estão em risco.
Além disso, a apuração dos pleitos da classe empresarial catarinense, realizada pelo Programa Voz Única da FACISC, revelou que a infraestrutura é responsável por cerca de 70% das demandas apontados pelos empresários. Isso reforça a urgência de ações concretas para melhorar as condições das rodovias e garantir o desenvolvimento do estado.
A continuidade dos investimentos em infraestrutura é vital para que o estado mantenha sua posição de destaque na produção dos diversos setores. A FACISC seguirá acompanhando e cobrando medidas que defendam a competitividade do setor produtivo catarinense.